É setembro de 1998. Aerosmith está tocando “I Don’t Want to Miss a Thing” no topo das top 100 músicas da Billboard. A MTV está a mil, e é época do lançamento de “Baby One More Time”. Buffy Summers está caçando vampiros com seu salto plataforma. “Os Vingadores” está estourando nas bilheterias. E, em algum momento nesse mês, nasce o Google.
A data exata da fundação da empresa é tema de debate, mesmo para alguns responsáveis no ramo de “dar respostas”. Google Inc. foi incorporada em 4 de Setembro, mas, por mais de uma década, celebram o aniversário no dia 27 de setembro – com um Doodle anual, é claro.
Vinte anos depois, o mundo mudou, on-line e off-line. Fotos em alta resolução, viagens de carro, comércio e mensagens de amigos e familiares estão em nossos celulares, ao alcance de nossas mãos.
O Google mudou também. Começando com a Busca, o Google agora possui oito produtos que são usados por mais de um bilhão de pessoas todo mês. Em vez de alguns funcionários em uma garagem, em Menlo Park, possui milhares de funcionários e escritórios em aproximadamente 60 países. E até mesmo o Google agora é parte da Alphabet, uma empresa matriz criada em 2015. E, claro, também teve muita diversão ao longo do caminho, como quando perderam uma cobra no escritório de Nova York, apresentaram o novo produto de e-mail no 1° de abril, ou quando lançaram um blog durante o período de silêncio antes da IPO.
No mercado de tecnologia, a empresa não pode deixar de evoluir. E o Google está fazendo isso neste exato momento
Em 2018, o Google detém a liderança dos mercados de buscas, de publicidade online, de hospedagem de e-mail e de sistemas operacionais para celulares. Isso faz com que seu nome seja confundido com a própria internet. Um exemplo: a definição mais fácil para o grupo de sites não indexados nos mecanismos de busca, a Deep Web, é “a internet além do Google”.
No decorrer dessas duas décadas, as pessoas reduziram as idas a bibliotecas, fizeram menos perguntas a professores e pessoas mais velhas, e até passaram fazer autoconsultas médicas no buscador, o famoso Dr. Google. A informação, que antes precisaria de uma pesquisa para ser encontrada, passou a ser encontrada após uma busca instantânea.
O Google moldou desde os relacionamentos (quem não se lembra do Orkut) à forma como ganha-se dinheiro no mundo. A empresa criou o modelo winner takes all, ou o vencedor leva tudo, que pauta o plano de negócios de todas as grandes empresas de tecnologia. A lógica é criar um monopólio e navegar sozinho em mar regido sob as próprias regras.
“O que não mudou foi a nossa missão: organizar as informações do mundo e torná-las universalmente acessíveis e úteis. Entre em qualquer escritório do Google ao redor do mundo e você estará rodeado de pessoas debatendo alguma ideia ambiciosa que pode parecer louca — mas também pode se tornar o próximo Android ou Maps. Ainda estamos testando os limites da tecnologia disponível, particularmente em inteligência artificial. Nosso foco continua sendo o usuário em primeiro lugar, para construir produtos para todos. Para oferecer às pessoas as informações que elas precisam, em qualquer lugar que elas estejam — seja para ajudá-las a começar um negócio, aprender algo novo ou se conectar umas com as outras.
Ao marcar nossos 20 anos neste mês, vamos dedicar um tempo olhando para o que realizamos nas últimas duas décadas – começando hoje com o aniversário de dez anos do Google Chrome – e para onde iremos depois. Não temos todas as respostas ainda, mas você nos conhece: nunca vamos parar de procurá-las.”
Postado por Emily Wood, Editora-Chefe do The Keyword.